Estudo / levantamento, de acordo com os documentos existentes,
da composição das Mesas Administrativas da Confraria
de Nossa Senhora do
Terço bem como, das decisões achadas mais importantes.
1836 – 1837 | |
Juiz |
José António dos Santos Ferreira Barbosa |
Juíza |
Maria do Carmo, mulher de Joaquim António Pães de Vilas Boas |
Tesoureiro |
António Xavier da Silva Berema |
Homens Bons |
Manuel José Leite António Joaquim Monteiro Sebastião António |
Secretário |
António José Vieira da Silva |
Procurador |
João José Leite |
1839 – 1840 | |
Juiz |
António Joaquim Monteiro |
Juíza |
Maria Thereza de Jesus Doarte, mulher de António José Simões Roer |
Tesoureiro |
António José da Silva Berema |
Mesários |
David de Barros e Silva Botelho Domingos Caravana Faria Salgado Bello João Evangelista e Lima |
Secretário |
António José dos Santos Barbosa |
Procurador |
Ricardo José d’Almeida |
1841 - 1842 | |
Juiz |
José Luís dos Santos |
Juíza |
Maria Felizarda, mulher de Manoel Roer |
Tesoureiro |
António Xavier da Silva Berema |
Mesários |
Ricardo José d’Almeida José Bernardo Machado António José dos Santos Barbosa |
Secretário |
Gregório José dos Santos |
Procurador |
João Diogo Duarte |
1842 - 1843 | |
Juiz |
Manoel José Leite |
Juíza |
Maria Rosa, mulher de António Joaquim Monteiro |
Tesoureiro |
António Xavier da Silva Berema |
Mesários |
António dos Santos Barbosa António José Boucinha Gregório José dos Santos Castam |
Secretário |
António José dos Santos |
Procurador |
João António Alves Ballongos |
1843 - 1844 | |
Juiz |
António José Boucinha |
Juíza |
Ana Barbosa, mulher de João Evangelista |
Tesoureiro |
António José Vieira da Silva |
Mesários |
Manoel José de Lima do Campo dos Touros João António Alves Vallongo António José dos Santos |
Secretário |
João Evangelista e Lima |
Procurador |
João Diogo Duarte |
1844 – 1845 | |
Juiz |
David de Barros e Silva Botelho |
Juíza |
D. Eugénia Maria de António Sousa |
Tesoureiro |
João António Alves Valongo |
Mesários |
Manoel José de Lima António dos Santos Barbosa João Evangelista e Lima |
Secretário |
André Joaquim Pereira |
Procurador |
António José Boucinha |
Em 13 de Setembro de 1844 deu-se a fusão das confrarias do Divino Espírito Santo, Santa Luzia e Nossa Senhora do Terço.
“Atendendo a que a confraria de Nossa Senhora do Terço tem huma muito maior porção de irmãos, e que promove hum peditório que auxilia o pagamento d’hum ordenado ao Servo, attendendo em fim a que encorporadas e reunidas podem prosperar, e pelo menos conservar-se, e ao voto de pessoas de saber e vontade, e mesmo à devoção de Fieis, resolverão depois de madura refflexão, encorporar e reunir á Confraria de Nossa Senhora do Terço á quella do Espírito Santo, e Santa Luzia para que sejão administradas pelo Juiz e Mezarios da dita Confraria de Nossa Senhora do Terço como se fosse huma só, e passando para esta tudo quanto á quella pertence, ficando obrigada a satisfazer seus encargos.”
(Livro de eleições e dos termos da C.N.S.T. – Pág. 20)
1847 – 1848 | |
Juiz |
David de Barros da Silva Botelho |
Juíza |
D. Leocádia Rosa de Sá Pereira Coutinho |
Tesoureiro |
João António Alves Balongo |
Mesários |
Faustino José de Lima António José dos Santos Barbosa João José Gomes |
Secretário |
João Evangelista e Lima |
Procurador |
António Joaquim Correia |
1848 - 1849 | |
Juiz |
Domingos Caravana de Faria Salgado Bello |
Juíza |
Berbarda Sofia, mulher de João Diogo da Silva Cardoso |
Tesoureiro |
António José Boucinha |
Mesários |
João José Gomes José de Lima António Joaquim Correia |
Secretário |
João Evangelista e Lima |
Procurador |
Ignácio Manoel Lopes |
1849 – 1850 | |
Juiz |
Joaquim Bernardino Pimenta |
Juíza |
Anna de Jezus Pereira, mulher de Joaquim José Leite |
Tesoureiro |
António José Boucinha |
Mesários |
Ignácio Manoel Lopes José de Lima Faustino José de Lima |
Secretário |
Agostinho José d’Azevedo |
Procurador |
Manoel da Silva da Rua da Estrada |
1852 – 1853 | |
Juiz |
Ricardo José d’Almeida |
Juíza |
Anna de Jezus Pereira, mulher de Joaquim José Leite |
Tesoureiro |
Joaquim Bernardino Pimenta |
Mesários |
Manoel Joaquim de Lima Manoel da Silva da Rua de S. Francisco António José Boucinha |
Secretário |
João Bernardo do Amaral |
Procurador |
José Pedro, da Pedra do Couto |
1854 – 1855 | |
Juiz |
Ignácio Manoel Lopes |
Juíza |
Agostinha Mª., mulher de Bernardino António da Conceição |
Tesoureiro |
Joaquim Bernardino Pimenta |
Mesários |
Ricardo José d’Almeida José Joaquim Roriz João Bernardo do Amaral |
Secretário |
Boa Ventura José da Silva |
Procurador |
José Joaquim da Cunha |
1856 – 1857 | |
Juiz |
Ignácio Manoel Lopes |
Juíza |
Anna Joaquina da Silva, mulher de José António Baptista |
Tesoureiro |
Joaquim Bernardino Pimenta |
Mesários |
Ricardo José d’Almeida (Recusou por carta, of. fica no arquivo) Boa Ventura José da Silva José Pedro |
Secretário |
Joaquim Adlino Bessa e Menezes |
Procurador |
José Joaquim da Cunha |
1857 – 1858 | |
Juiz |
António José dos Santos |
Juíza |
Anna Joaquina da Silva, mulher de José António Baptista |
Tesoureiro |
Joaquim Bernardino Pimenta, foi substituído em 17 de Janeiro de 1858 a seu pedido, por “hir rezidir a mais sua família para a cidade do Porto”, pelo Sr. António José Boucinha. |
Mesários |
Boa Ventura José da Silva José Pedro Francisco José d’Almeida |
Secretário |
Manoel Pereira Leite de Carvalho |
Procurador |
Padre António Fernando Paes de Villas Boas |
1858 – 1859 | |
Juiz |
José Pedro |
Juíza |
Maria Jozefa, mulher de Ignácio Manoel Lopes |
Tesoureiro |
Manoel Pereira Leite de Carvalho |
Mesários |
Padre António Fernando Pães de Vilas Boas António José Boucinha Bernardino José da Silva |
Secretário |
José Joaquim Fernandes |
Procurador |
Manoel António Esteves |
1859 – 1860 | |
Juiz |
Padre António Fernando Paes de Vilas Boas |
Juíza |
D. Maria Amélia Pereira das Dores, mulher de Manoel António Esteves |
Tesoureiro |
José Pedro |
Mesários |
Padre António Bernardino da Silva Machado Manoel António Esteves José Luís da Costa Rodrigues |
Secretário |
João Diogo da Costa e Mello |
Procurador |
Agostinho José da Silva |
1860 – 1861 | |
Juiz |
Padre António Fernando Paes de Vilas Boas |
Juíza |
António Margarida Ferreira |
Tesoureiro |
José Pedro |
Mesários |
Padre António Bernardino da Silva Machado José Luís da Costa Rodrigues Manoel António Esteves |
Secretário |
João Diogo da Costa e Mello |
Procurador |
Manoel José da Costa e Silva |
1861 – 1862 | |
Juiz |
Padre António Fernando Paes de Vilas Boas |
Juíza |
D. Antónia Margarida Ferreira |
Tesoureiro |
Padre António Bernardino da Silva Machado |
Mesários |
Manoel José da Costa e Silva João Diogo da Costa e Mello Boaventura José da Silva |
Secretário |
Anacleto José da Silva |
Procurador |
Domingos Alves Simões |
Em acta de sessão de trinta e um de Janeiro de mil oitocentos noventa e sete
"O mesário Sr. Severino Manoel de Sousa, observou que havendo falecido a ex-juiza honorária a Exma. Senhora D. Mecia Beça, propunha um voto de sentimento à família, e entendia justo que por sua alma se mandasse resar uma missa amanhã um de Fevereiro por 9 horas da manhã. A meza achando justa a proposta resolveu e deliberou no sentido d’elle.”
1896 – 1897 | |
Juiz |
Secundino José Esteves |
Juíza |
Donna Thereza de Jesus da Silva |
Tesoureiro |
João Alves da Silva |
Mesários |
Severino Manoel de Sousa Casemiro Pereira da Quinta João Carlos de Lima |
Secretário |
José Luís de Miranda |
Procurador |
Francisco Pereira Alves Simões |
1897 – 1898 | |
Juiz |
Severino Manoel de Sousa |
Juíza |
Donna Thereza de Jesus da Silva |
Tesoureiro |
João Alves da Silva |
Mesários |
Casemiro Pereira da Quinta António Fernandes Duarte José Luís de Miranda |
Secretário |
Francisco Pereira Alves Lima |
Procurador |
Manoel Dantas |
1898 – 1899 | |
Juiz |
Severino Manoel de Sousa |
Juíza |
Donna Thereza de Jesus da Silva |
Tesoureiro |
João Pereira de Machado |
Mesários |
José Pereira da Quinta José António de Oliveira Mattos Luís António Alves |
Secretário |
Miguel José Duarte Fiúza |
Procurador |
João José Gomes Botas |
1899 – 1900 | |
Juiz |
Thomaz José de Araújo |
Juíza |
Donna Thereza de Jesus da Silva |
Tesoureiro |
José Joaquim Martins Moreira |
Mesários |
Francisco Pereira Alves Simões José Pereira da Quinta António Fernandes Duarte |
Secretário |
Miguel José Duarte Fiúza |
Procurador |
João José Gomes |
1900 – 1901 | |
Juiz |
Padre José Maria do Rosário Vilas Boaz |
Tesoureiro |
Casemiro Pereira da Quinta |
Mesários |
Luis António Alves Manoel Dantas João Carlos de Lima |
Secretário |
Joaquim Martins |
Procurador |
João José Gomes |
Em Assembleia-Geral de 16 de Julho de 1905 foi deliberado:
Adquirir uma Cruz de Prata por 120.000 Reis, 10 novas opas de seda por 120.000 Reis e disponibilizar, para a despesa a fazer com a reforma dos estatutos e com a sua aprovação, 60.000 Reis. O montante total de 300.000 Reis sairão do fundo da Confraria e serão repostos, ao mesmo fundo, no prazo de quinze anos, mediante a prestação anuall de 20.000 Reis, sem mais encargo algum.
Em sessão de 24 de Outubro de 1905 foi comunicado que:
"O digno Juiz expoz que, com data de hontem, recebera do Excelentíssimo Administrador do Concelho um offício comunicando que Sua Excellencia o ministro do reino, por despacho de doze do corrente, autorizara esta confraria a desviar dos seus fundos a quantia de trezentos mil reis, para ocorrer as despesas a fazer com a acquisição de uma cruz de prata, dez opas e reforma dos respectivos estatutos, ficando, d’esse modo, aprovada a deliberação tomada pela assembleia geral na reunião de dezasseis de Julho;”
Em sessão de 26 de Julho de 1909
“ O digno juiz deu conhecimento de que pela Senhora Donna Josefa foi offerecido e entregue a esta confraria um manto de seda granada, bordada a oiro, para a imagem de Santa Luzia, que se venera nesta egreja”
1908 – 1909 | |
Juiz |
João Rodrigues de Faria |
Tesoureiro |
José Pereira da Quinta |
Mesários |
Joaquim Carmo Martins José Lima de Miranda João Carlos de Lima |
Secretário |
Francisco Maria Gomes Rosa |
1911 – 1912 | |
Juiz |
Joaquim do Carmo Martins |
Tesoureiro |
Manoel Dantas |
Mesários |
Francisco Maria Gomes Rosa Manuel António Pereira Adelino Ferreira do Valle |
Secretário |
José Ferreira Duarte Veloso |
Procurador |
Joaquim José d’Oliveira |
17.09.1919 | |
Ex - Juiz |
Joaquim do Carmo Martins |
Ex - Tesoureiro |
Manoel Alves Coutino |
Entregam nesta data a Mesa da Confraria à nova Mesa composta por: | |
Pres.Com.Gerente |
Gonçalo de Barros e Silva Botello |
Tesoureiro |
José António Fernandes |
Mesários |
Augusto Fernandes da Cruz |
Secretário |
Flávio de Sousa Neiva |
Nesta mesma data, a Comissão Gerente, recebeu da mesa cessante os seguintes bens: 1 Cruz de Prata com as iniciais da Irmandade; |
Sessão extraordinária de 29 de Outubro de 1919:
Demissão do tesoureiro, José António Fernandes, por dificuldades pessoais (muitos afazeres). Aceita continuar até à sua substituição por pessoa competente.
Sessão de 25 de Janeiro de 1920:
Assume a tesouraria, por eleição, Luís Gomes de Carvalho.
Nesta sessão foram arrematados, sendo apregoador o servo da Irmandade, Daniel José Alves, alguns objectos que já não faziam parte do culto e dos quais foi pedida a respectiva autorização de venda ao Administrador do Concelho. O resultado da arrematação foi o seguinte:
“-Pelo cidadão hespanhol Francisco Pazos, natural e residente em Pontevedra, Hespanha, pela quantia de cento e quarenta escudos, a saber: Um esquife; duas cruzes e uma imagem de barro, mutilada. e pelo cidadão José Pereira da Quinta, negociante, desta vila, foi arrematada a caixa de pinho, grande, por vinte escudos. Destas quantias tem de sair as verbas necessárias para obras e limpesa da egreja, e o excedente entra todo em fundo de capital, como se vê da acta anterior e conforme foi autorisado. Não entraram em arrematação os balandraus e outros objectos, por não haver quem neles licitasse, mas ficando a arrematação para ocasião mais oportuna.”
Sessão extraordinária de 1 de Janeiro de 1921:
Faleceu o Presidente da Comissão Administrativa, Senhor Gonçalo de Barros e Silva Botelho. Foi nomeado para o substituir o cidadão Aparício Gomes Pereira. Nesta mesma sessão o tesoureiro demissionário, José António Fernandes, entregou ao tesoureiro actual todos os documentos e objectos que tinha em seu poder a que se refere a acta de 17 de Setembro de 1919.
Sessão extraordinária de 6 de Junho de 1921:
A comissão Administrativa resolveu, por unanimidade, pedir a exoneração do seu cargo, oficiando nesse sentido o Senhor Administrador do Concelho e cujo ofício é do teor seguinte:
“Barcelos seis de Junho de mil novecentos e vinte e um. Ao Excelentíssimo Senhor Administrador do Concelho: Logo após ao treze de Fevereiro, ou seja em seguida ao período tenebroso e infame, mais conhecido pela “Traulitánia”, em que uma seita de autênticos bandidos assolou a região do Norte, foram escolhidos cidadãos pura e sinceramente republicanos para serem colocados à frente das corporações Administrativas afim de que á República fosse dado o carácter digno e independente que assim o merecia.
O regime não podia continuar nas mãos de odientos sicários; era de mais a tolerância. O sidonismo, símbolo perfeito duma monarquia crapulosa tinha fatalmente de extinguir-se. E tinha que extinguir-se, não por processos violentos, mas sim por outros em que a República fosse mais dignificada. Nós, os republicanos, temos provado altamente, a bem do Povo, de que não podemos admitir que a princípios liberais sejam sufocados por uma horda de reacionários que infesta o Paíz; não Excelentíssimo senhor, é de mais. A Barcelos, sendo, sem dúvida, o concelho mais reacionário do Norte, é preciso dar-lhe um carácter mais avançado; é também preciso clamar ao Povo, alto e em bom som, de que nos é fatal a retrogradação que os inimigos das instituições actuais constantemente apregoam. E se assim não for, creia Vossa Excelência de que a República se perde, chafurdando-se na lama ignóbil em que afundou a monarquia. Falamos claramente e sem tergiversações como é peculiar a todo o indivíduo que se presa de ser republicano. Por isso Excelentíssimo Senhor, a Comissão Administrativa de Nossa Senhora do Terço, desta vila, nomeada depois de treze de Fevereiro de mil novecentos e dezanove, vendo precisamente de que os monárquicos de Barcelos pretendem dar o assalto á administração deste concelho, em sessão de hoje resolveu por unanimidade pedir a exoneração do seu cargo, lembrando a V. Ex.ª de que se orgulha tê-lo exercido honradamente. V. Ex.ª considerando bem esta resolução não se esquecerá de nomear imediatamente, para que com mais republicanismo e zelo outras pessoas substituam a Comissão exonerada. Saúde e Fraternidade. Pela Comissão, o Presidente, Aparício Gomes Pereira. – E nada mais havendo a tratar foi em seguida encerrada a cessão.”
Acto de eleição | |
Juiz |
José Pereira da Quinta |
Tesoureiro |
José Luís de Miranda |
Vogais |
Padre João de Vilas Boas |
Secretário |
Luiz Ferreira Duarte Veloso |
Procurador |
João Carlos de Lima |
Sessão de 7 de Janeiro de 1922:
Decidido “vender por vinte escudos, um pequeno anel d’oiro e um fiozinho de contas também d’oiro e que os ourives avaliaram em dezoito escudos, afim de pôr a render a sua importância.”
Sessão de 25 de Julho de 1923:
Proposta de aumento de ordenado do capelão, Reverendíssimo Padre Bonifácio Elias Barbosa Lamela, para 600$00 ano. Foi aumentado para 450$00 até que a confraria tivesse melhor rendimento, o que foi aceite pelo Capelão. Foi resolvido fazer a festa de Nossa Senhora do Terço no último Domingo de Agosto, constando de Missa Cantada, sermão e exposição.
Sessão de 20.03.1936 | |
Juiz |
José Pereira da Quinta |
Tesoureiro |
José Luís de Miranda |
Mesários |
Joaquim Alves Coutinho |
Secretário |
António Maria Guimarães Vale |
Sessão de 22.02.1938 | |
Juiz |
José Pereira da Quinta |
Tesoureiro |
José Luís de Miranda |
Mesários |
Manoel Passos |
Secretário |
António Maria Guimarães Vale |
Capelão |
Padre António Marques Pereira |
Sessão de 10.09.1940 | |
Juiz |
José Pereira da Quinta |
Tesoureiro |
Joaquim Alves de Souza |
Vogais |
Manuel António Campinho |
Secretário |
Amadeu dos Santos Pereira |
Procurador |
Francisco de Sá |
Juiz |
Joaquim Alves Coutinho |
Tesoureiro |
Joaquim Alves de Souza |
Vogais |
Manuel António Campinho |
Secretário |
Amadeu dos Santos Pereira |
Procurador |
Francisco de Sá |
Sessão de | |||||||||||
Presidiu o Sr. Joaquim Alves Coutinho. Aberta a sessão o “Presidente referiu-se com sentimento e pezar à morte do Snr. José Pereira da Quinta, juiz que tantos anos serviu com zelo esta irmandade” … “ seguidamente e por proposta do Snr, Francisco de Sá que todos aprovaram foi resolvido mandar reparar vários paramentos e colher orçamentos para a aquisição de doze bancadas para a Igreja. Depois o mesmo Snr. Francisco de Sá apresentou a seguinte proposta: atendendo a que está vago o lugar de Juiz da Confraria e sendo o Sr. Joaquim Alves Coutinho o mezário mais antigo e mais indicado para o substituir propunha que ele fosse escolhido para ocupar esse lugar e se chamasse ao efectivo o vogal suplente o Snr. Adelino José Domingues. Esta proposta foi unanimemente aprovada.” Ficou assim, a partir desta data, composta a mesa da Confraria:
|
Sessão de 30 de Dezembro de 1941:
Decidiu-se aumentar o ordenado do servo para 400$00 anual, ou seja mais 100$00 por ano. Foi decidido ainda mandar dourar dois cálices e comprar um novo missal Bracarense.
Sessão de 28 de Março de 1943:
Em acto de Visita Pastoral, pelo seu punho, foi inscrito no livro de actas, nesta data, pelo Arcebispo Primaz D. António Bento Martins Júnior.
Sessão de 30 de Outubro de 1946:
Foi decidido aumentar o ordenado do Capelão “pois está recebendo uma verba pequeníssima em comparação dos outros Capelães da cidade. Todos concordaram em se aumentar esse ordenado passando por proposta do Snr. Joaquim Alves de Souza, a ser se mil e novecentos escudos, o que foi aprovado por unanimidade.”
Sessão de 1 de Novembro de 1947:
“o Snr. Juiz disse que o ordenado do Capelão deveria ser aumentado para três mil escudos, pois no presente a renda do armazém havia sido elevada para três contos e seiscentos escudos e as caixas da igreja apresentam também mais rendimento. A meza reconheceu que o Capelão que celebra diariamente a Santa Missa na igreja da Confraria; que faz os exercícios do mez de Maio, o mez do Rosário, o mez das Almas; que ao seu zelo se deve a concorrência de devotos de S. Bento, Santa Luzia e Padroeira da Irmandade, continuasse a receber a mesquinha verba de um conto e novecentos escudos quando os demaisCapelães desta cidade são melhor remunerados e por isso lhe eleva o seu ordenado anual a três mil escudos.Egualmente reconheceu e deliberou que o servo passasse a receber oitocentos escudos.”
Sessão de 31 de Dezembro de 1947:
O Sr. Joaquim Alves de Souza conseguiu as bancadas para a Igreja, sem despesa para a Confraria.
Sessão de 31 de Dezembro de 1948:
O Sr, Joaquim Alves de Souza propôs que se mandasse um caiador ao telhado, tirar umas pingas que muito prejudicavam as pinturas e soalho da Igreja, tendo sido deliberado incumbido o caiador Manuel Eco para fazer o serviço.
Sessão de 30 de Outubro de 1949:
O Sr. Joaquim Alves de Souza lembrou da urgência de se fazer um peditório de azeite, no comércio local, a fim de alimentar a lâmpada do S. Sacramento. Na sequência do falecimento de D. Antónia Lamela e D. Emília Lamela, a primeira deixou à Confraria, quinhentos escudos e a segunda uma capa de asperges que “ custava em Braga mil e seiscentos escudos, tudo já na posse da Confraria.”
Sessão de 12 de Outubro de 1952:
O Tesoureiro Joaquim Alves de Souza “propôz que o ordenado do capelão fosse aumentado, visto que a desvalorisação da moeda tem sido grande e que o aumento da receita se deve principalmente á assiduidade e serviço por ele prestado aos fieis; propôz também que ordenado do servo fosse aumentado para novecentos escudos. Esta proposta que todos acharam justa foi aprovada.” … “Falou-se depois na necessidade de se conseguir um reposteiro vermelho para a porta da igreja, ficando resolvido conseguir-se alguns donativos para esse fim.”
Sessão de 20 de Outubro de 1954:
“Finalmente o Snr. Juiz fez ver que era necessário convidar pessoas amigas e conhecidas para se inscreverem como irmãos da Confraria, pois infelizmente nota-se actualmente pouco interesse pelas Associações Religiosas.”
Sessão de 1 de Novembro de 1955:
“Seguidamente o Snr. Juiz disse que lhe parecia de justiça elevar para um conto ou mil escudos o ordenado do servo da igreja. Todos concordaram com a proposta que foi aprovada sem discrepância.”
Sessão de 6 de Outubro de 1957:
“Depois o Snr. Juiz informou que o Armazém alugado á Chenop vai ficar vago em Março ou Abril próximo e que a nova renda mensal deve atingir quinhentos escudos. Em face deste aumento de receita propunha que se aumentassem quinhentos escudos ao ordenado do Capelão e duzentos escudos ao ordenado do servo. Esta proposta foi unanimemente aprovada.”
Sessão de 5 de Novembro de 1958:
“;Notou-se a falta de verba para azeite e cera, mas ficou-se sabendo ter havido ultimamente cera e azeite suficiente das esmolas dos fieis.” … “Seguidamente o Snr. Juiz lembrou a necessidade de mandar circulares a diferentes barcelenses afim de entrarem para irmãos da confraria, pois nota-se, neste meio, pouco interesse em fazer parte das associações religiosas, havendo já quem se négue a deitar uma opa.”
Sessão de 20 de Novembro de 1962:
“ Depois o Snr. Joaquim Alves de Souza pediu aos mezarios que não faltássem aos acompanhamentos dos irmãos falecidos, pois se nota que não se quér cobrir uma opa.”
Sessão de 5 de Novembro de 1964:
“O Snr Juiz disse que era de toda a justiça aumentar para mil e quinhentos escudos o ordenado do servo e bem assim passar para vinte escudos o estipêndio das Missas legados, estatutárias e por irmãos defuntos.”
Sessão de 20.11.1965 | |
Juiz |
José Coutinho Júnior |
Tesoureiro |
Joaquim Alves de Sousa |
Secretário |
António dos Santos Araújo |
Procurador |
Agostinho da Silva Reis |
Mordomo |
Leonel da Quinta Fernandes |
Vogais efectivos |
Adélio Luís d’ Araújo Almeida |
Passando-se às verbas de despeza o Snr. Joaquim Alves de Souza fez ver que o ordenado do servo devia ser elevado a dois contos, visto não haver facilidade de encontrar novo servo e o actual querer desistir do lugar. Todos concordáram pois o serviço é muito e a responsabilidade é muito grande.” |
Sessão de 16 de Abril de 1966 – Acta número quarenta e um:
Auto da posse do Reverendo Padre Manuel Avelino Ferreira, como Reitor desta Igreja desde dezoito de Fevereiro de 1966 e dos membros da mesa que tinha sido nomeada pelo Reverendo Padre Bonifácio Lamela (ver membros em sessão de 20.11.1965). O juramento será feito, por três anos, no dia dezassete de Abril de mil novecentos e sessenta e seis, Domingo, celebrando-se a festa de S. Bento.
Voto de pesar, com a plena anuência de todos, pelo falecimento do Reverendo Senhor Padre Lamela.
Voto de louvor, associando-se todos os presentes, ao sacrificado e zeloso Tesoureiro da Confraria – Senhor Joaquim Alves de Sousa – que há trinta anos se vem dedicando de alma e coração às coisas da Confraria, sendo o braço direito do Senhor Padre Lamela e cuidadoso zelador de tudo.
O Senhor Leonel Fernandes, após comunicar que desistia de mesário, acabou por aceitar continuar, neste triénio, no seu posto.
Por proposta do Reitor foi aceite fazer a festa de São Bento em Julho e a de Nossa Senhora do Terço em Outubro, com a maior solenidade.
Verificou-se, que faz no dia um de Maio de mil novecentos e sessenta e seis, cento e cinquenta anos que foi criada a Confraria de Nossa Senhora do Terço, na Capela do Divino Espírito Santo, que foi demolida em tempos distantes, e era situada ali pelo cimo do Campo da Feira. Depois dessa demolição, veio instalar-se nesta Igreja de São Bento a imagem da Senhora do Terço e a sua Confraria que, no correr dos anos, foi dando este outro nome à Igreja. Decidiu-se começar um ano jubilar desde um de Maio próximo até ao mesmo dia do ano seguinte. O Reitor ficou de escrever uma série de artigos para os jornais da terra, a fim de instruir e chamar o povo, interessando todos nesta cruzada a favor da Igreja do Terço e da sua Confraria.
Decidiu-se registar nesta acta que, esta Igreja, com o seu mosteiro de religiosas beneditinas, foi começada em catorze de Agosto de mil setecentos e sete reinando Dom João V com o beneplácito de Dom Pedro II e sendo Arcebispo de Braga Dom Rodrigo de Moura Teles que, nesse dia, benzeu a primeira pedra. No dia oito de Julho de mil setecentos e treze transladou, este venerando Prelado, as religiosas, de Braga para este mosteiro por ele fundado. Assim se lê nos azulejos da Capela-mor e nas lápides exteriores ao lado da porta principal deste templo.
Concordou-se com a necessidade urgente de se proceder a obras de conservação, com a ajuda do Estado ou da Fundação Gulbenkian e dos particulares barcelenses. Disse o tesoureiro que já há quinze anos se pensou nisso como urgente. Foi pedido um subsídio ao Estado que o ministro prometeu oralmente desde que lhe enviassem a precisa documentação. Esta enviou-se mas extraviou-se, e tudo ficou em nada.
O Reitor disse que tinha um plano para formar uma Comissão de Obras, do qual já tinha aprovação da Cúria Arquiepiscopal. Essa comissão seria encabeçada pelo Reitor, como delegado do Senhor Arcebispo e em virtude do seu cargo e um membro da mesa também a representará. Para o efeito foi escolhido o senhor Leonel Fernandes, que aceitou gostosamente.
Pequenos gastos que vem a fazer: electrificação dos altares, no indispensável, pois não havia luz suficiente para celebrar a Santa Missa; serpentinas eléctricas para dar mais esplendor aos actos de culto; três bolsas de cálix; uma sobrepeliz; um jogo de sacras para a missa; mandou-se limpar, pratear e dourar dois cálices e respectivas patenas; um cântaro para água benta; umas mesas e três cadeiras. O Reitor emprestou um confessionário portátil até se arranjar um em condições. Decidiu-se mandar fazer um ambão para leituras e rebaixar as grades da comunhão, para bem se poder comungar, decidiu-se ainda mandar executar uma sanitária numa extremidade da sacristia e introduzir a água na Igreja.
O Reitor disse que tinha autorização para binar na Igreja de S. José, ainda a ele confiada, e de trinar nesta Igreja do Terço. Assim, aos domingos haverá a tradicional missa das sete e trinta da manhã e outra às dez e trinta. À semana haverá missa, aqui, nos últimos três dias semanais enquanto se mantiver a reitoria da Igreja de S. José, como o vem fazendo à sete anos. A mesa pagará a taxa de trinação em Braga.
O Reitor que é preciso comprar duas dalmáticas e pluvial de cor negra para as missas cantadas, pois não está disposto a pedir nada às outras igrejas como se vinha fazendo. Disse ainda que a Senhora Dona Maria Manuela Leite Vieira, esposa do nosso industrial Senhor Luís Vieira, já se encarregou da lavagem e cuidados das roupas brancas, o que representa muito para o bom funcionamento e para a economia da mesa e da Igreja.
Decidiu-se almofadar uns bancos velhos que estão arrumados no coro a fim de colocar no altar-mor. Não havendo cadeira presidencial, e havendo duas em S. José, Sua Reverência trouxe para aqui uma, emprestada, até que as duas mesas se entendam sobre o assunto. A mesa pretende adquiri-la.
A distribuição dos ovos de São Bento passa a ser feita, como de costume pelo tesoureiro, aos Domingos, depois da missa da manhã.
Decidiu-se manter a Jóia de entrada, para irmãos, em trinta escudos e restaurar o anual prescrito pelos estatutos antigos que era de um real. O anual será de dez escudos, criando-se os confrades beneméritos que darão mais que este mínimo, conforme poderem e desejarem. Os confrades, que pela sua pobreza não possam dar o anual mínimo, darão o que for estipulado entre eles e o tesoureiro, de acordo com o Reitor. Far-se-á a cobrança do anual passando-se recibo numa pagela que se imprimirá para o efeito; e desta forma até se faz apostolado lembrando aos nossos confrades que o são; e devem ter muito gosto e honra em serem irmãos da Senhora do Terço.
Os sufrágios e privilégios espirituais constam de uma missa mensal pelos irmãos vivos e falecidos e das orações e sacrifícios dos confrades de toda a parte, bem como das indulgências anexas à Confraria.
Uma vez que a vida está tão cara e o dinheiro com muito menos valor, decidiu-se convidar os inquilinos da Senhora do Terço a subirem o preço do aluguer dos armazéns para o dobro, por agora, tendo-se presente que, o que estão os armazéns a render agora, já isso rendiam há trinta anos quando a Chenop os possuía. Tudo isto como bons amigos uns dos outros e da Senhora do Terço, que é a Senhoria, de modo a não prejudicarmos a Igreja nem carregarmos a nossa consciência, nem ainda sermos apontados pelo público como administradores descuidados ou desleixados, o que seria lamentável e aborrecido.
Continuaremos a fazer o levantamento ...